Na noite de quinta feira, dia 09, aconteceu nas dependências
da Câmara de Vereadores de Leopoldina o lançamento do Parlamento Jovem, edição
2017, que tem neste ano o tema: Educação Política nas Escolas e na oportunidade
o Juiz Eleitoral Dr. Gustavo Vargas de Mendonça foi o orador da cerimônia.
O Parlamento Jovem foi implantado em Leopoldina em 2012,
completando neste ano o seu quinto ano e em 2016 no estado foram 43 municípios
participantes e em Leopoldina foram 08 escolas participantes.
Neste ano a pretensão é colocar 10 escolas participando. A
reunião desta quinta contou com a presença dos vereadores: Darci Portela,
Valdair Costa, Sebastião Geraldo, Valdilúcio Malaquias, Rogério Machado, Kélvia
Raquel, Jurandir Fófano, Elvécio Barbosa e ainda as presenças de ex-vereadores
como: Oldemar Montenari e Flávio Lima e ainda com a presença de diretores,
funcionários e alunos de várias instituições de ensino.
O presidente da Câmara abriu os trabalhos ressaltando que os
jovens são o futuro da nação e que não poderia deixar de manter e valorizar o projeto
que visa criar cidadãos conscientes de suas responsabilidades perante a
sociedade e a comunidade.
Houve pronunciamentos do diretor do Ginásio (E.E. Prof.
Botelho Reis), Fernando Vargas, que disse que os jovens são o futuro da nação e
esse é um projeto importantíssimo para os mesmos. O diretor educacional da Superintendência
Regional de Ensino de Leopoldina, Sidilúcio Ribeiro Senra, destacou a
importância da participação das escolas e que a sua pasta está engajada e
empenhada em apoiar e incentivar a ampliação do projeto, em outro momento destacou
que o tema é muito importante e que ensinar política é conscientizar as novas
gerações que o futuro depende deles e destacou que o medo de que os professores
doutrinem para a esquerda ou direita um aluno é infundado, pois ele que exerce
a profissão há anos, que é da esquerda, citando outros professores, tem alunos
que hoje se ingressaram na política e foram eleitos e ao contrário, trilharam por
outros partidos, ligados à direita e ressaltou: os jovens não são CDs em branco
que podemos programar, são seres inteligentes que tem suas opiniões e os
professores apenas devem dar uma visão geral da política e deixa-los a vontade
de opinar, tirarem suas duvidas e criar sua própria consciência.
O Dr. Gustavo Vargas ao iniciar sua fala destacou que não é
palestrante e que iria dissertar sobre o assunto de maneira simples e objetiva,
comentou aos jovens presentes que se eles tiverem foco e determinações poderão
ser o que quiserem, lembrou que uma vez indo com a escola a Belo Horizonte,
conhecer o Tribunal de Justiça, se apaixonou com o ambiente e na época disse um
dia estarei aqui, e hoje é um juiz. Falou que sua infância humilde, um garoto
pobre, feio e de classe mais humilde se superou e isso demonstra que sua
história poderá se a de muitos. Durante a fala destacou a importância dos três
poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, que como cidadão o voto é a arma
democrática do povo para modificar as coisas e melhorar o nosso mundo atual.
Fez relatos históricos, contou um pouco de sua trajetória e disse mais uma vez
que o futuro do país está nas mãos da juventude brasileira e tudo começa na
base, nos municípios, a mudança é possível, desde que todos acreditem nela e
lutem por ela. Dr. Gustavo mencionou que tem “amigos” que hoje estão no mundo
da criminalidade, que escolheram o caminho errado e que tudo é questão de
escolhas e que os mesmos apesar de estarem do lado oposto de sua profissão, não
deixaram de serem amigos, pois conviveram juntos a infância. Em alguns momentos
ressaltou: fala aqui o Gustavo, cidadão e não o Juiz e disse que há meios de
lutarmos por melhorias sem chegarmos ao extremo, citando o caso dos acidentes
da BR 116, que parar a rodovia e impedir os veículos de trafegarem não é a
melhor solução e disse que a iniciativa do Marcus Vinicius de criar um abaixo
assinado para sensibilizar as autoridades, na colocação do Radar na rodovia,
foi uma bela iniciativa e demonstração de como podemos atuar e frisou: Marcus Vinicius
eu já assinei o abaixo assinado. Dr. Gustavo tirou dúvidas dos presentes,
debateu sobre as correntes que são contra e a favor do ensino de política nas
escolas e disse que não exerce a profissão do professor, mas acredita que os
mesmos atuem com amor e independente das suas preferências políticas
partidárias ou outras, acredita que todos querem o melhor para seus alunos. Houve
intervenções de advogados, como Wagner Rocha que disse que o nome já começa erradas
Educação Política na escola e que deveria ser conscientização política nas
escolas, algumas diretoras destacaram que o jovem deve participar dos
movimentos e não temer as critica e as possíveis perseguições que por ventura
poderiam sofrer. O vereador José Ferraz ressaltou que os jovens devem investir
na educação, quanto mais cultura se adquire, mais degraus subiram e menos pessoas
estarão tendo ao nosso lado para tentar nos derrubar e disse: “estudem,
estudem, estudem”. A vereadora Kélvia disse da importância dos jovens ingressarem
na vida política e disse estar feliz em ver alguns jovens presentes e espera
que com os jovens entrando na política, as mulheres ingressem mais nos cargos
políticos. O vereador Valdilúcio Malaquias em suas palavras disse: “que não
generalizando”, mas os pais jogam tudo nas costas dos professores e que no seu
tempo a educação vinha de casa e quantas e quantas vezes a mãe dele apenas
dizia: filho tem prova, estude e que nunca precisou de que a mãe o acordasse
para ir à escola e o respeito e a educação estavam presentes, que há a
necessidade de se ter respeito e educação e isso é questão de berço e
parabenizou os professores que são uns lutadores e deveriam ser mais
valorizados. Outra representante de escola aproveitou e disse que é voluntária
nas eleições trabalhando como mesária e pediu que Dr. Gustavo falasse um pouco
sobre isso. Dr. Gustavo disse que a eleição é feita pelos mesários, pelo povo e
ele e sua equipe são apenas os coordenadores e que os jovens podem participar
nas etapas eleitorais de várias formas e que ele, como juiz eleitoral, sempre
espera que quem foi convocado trabalhe com amor e que isso é democracia. A
reunião apesar de longa teve muitas participações e um jovem estudante
perguntou ao Dr. Gustavo: mas as escolas ensinando política não afastariam os
jovens da política e o mesmo disse: afastaria e aproximaria, depende do gosto
de cada pessoa, como matemática, uns amam, outros detestam e tudo que é imposto
tem rejeição. Monsenhor Antonio Chamel que estava presente à mesa destacou a
importância da política na vida das pessoas e ressaltou que durante seus trinta
anos de professor ele atuou lecionando Organizações sociais.
O parlamento Jovem 2017 tem a coordenação dos funcionários
da casa: Luiz Celso Barbosa e Ludmilla Xavier Gomes
que falaram no encerramento do evento.
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